quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pumeza canta de Puccini a Miriam Makeba na Cultura FM

Pumeza Matshikiza nasceu em 1978 na Cidade do Cabo em família pobre. Sofreu até os 16 anos a odiosa discriminação do regime sul-africano, até a eleição de Mandela para a presidência em 1994. Ela assinou há pouco um contrato de exclusividade com a Decca e está lançando seu primeiro CD, Voice of hope.

Uma trajetória surpreendente e improvável, já que ela não estudou música formalmente, apesar de pertencer a uma família musical. Sua mãe era cantora amadora e a família inclui o músico de jazz Todd Matshikiza. “Cresci cantando em coral na igreja”, diz. Descobriu a ópera por acaso, escutando transmissões pelo rádio. Hoje apresenta-se regularmente na Staatsoper de Stuttgart.

Voice of hope alterna árias de Mozart e Puccini com orquestrações de canções nos dialetos Xhosa, Swahili e Zulu, com destaque para dois “hits” de Miriam Makeba, incluindo até seu megassucesso dos anos 1960, “Pata Pata”. Os ingleses a descobriram por causa da canção “Freedom come all ye”, de John MacLellan e Hamish Scott Henderson. Pumeza foi convidada para cantá-la na cerimônia de abertura dos Commonwealth Games em Glasgow, na Escócia, em julho passado.

O caminho de Pumeza para a carreira lírica passou por uma bolsa de estudos no Royal College of Music de Londres, porta aberta pelo compositor sul-africano Kevin Volans, que a viu cantar “Frasquita” numa montagem da Carmen de Bizet com um grupo de cantores sul-africanos na universidade local. Em 2010, ganhou o concurso Veronica Dunne em Dublin e em seguida obteve o contrato de três anos na Ópera de Stuttgart.

A gravação de estreia, bastante interessante e eclética, é um retrato completo da arte desta sul-africana de bela voz que pode ir muito longe no universo lírico. Ela diz que Voice of hope é uma viagem, a sua, da África do Sul para a cena lírica, ao incluir árias de ópera, canções africanas tradicionais, composições de Kevin Volans e canções em que é acompanhada por um coro africano: “Quando faço um recital, começo com o repertório clássico e depois canto algumas canções sul-africanas no final. É natural para mim cantar música sul-africana. Ponho outro tipo de sentimento nelas”.

Faixas:

1. O mio babbino caro (de Gianni Schicchi)
2. Signore, ascolta! (de Turandot)
3. Thula Baba (Hush, My Baby)
4. Malaika (My Angel)
5. Pata Pata
6. The Naughty Little Flea
7. Vedrai, carino (de Don Giovanni)
8. Donde lieta uscì (de La Bohème)
9. Umzi Watsha
10. Saduva
11. Holilili
12. The Click Song
13. Iya Gaduza
14. Lakutshon’Ilanga (When The Sun Sets)
15. Freedom Come All Ye

Clique aqui e ouça o cd na integra.

Fonte: Cultura FM - CD da semana

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dia 18/10 Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam: Abouna (Nosso Pai) - Especial ao Dia das Crianças


Sinopse: Dois meninos, Moussa e Aguid, acordam numa manhã e descobrem que seu pai abandonou a família. Chocados, começam a se comportar mal. Enquanto, ilicitamente, assistem a um filme, eles acreditam ver seu pai falando com eles e roubam o filme para examinar o negativo. Sua mãe, Haroun, desespera-se e manda-os para a escola corânica. Infelizes, os dois planejam sua fuga, até que o mais velhos dos dois apaixona-se por uma menina surda, Khalil.

Ficha técnica:
Direção: Mahamat Saleh Haroun
Produção: Guillaume de Seille
Elenco: Ahidjo Mahamet Moussa, Hamza Moctar Aguid, Zara Haroun, Mounira Khalil, Diego Moustapha Ngarade.
Co-produção: França/Chade/Holanda. Gênero: drama. Idioma: árabe, francês. Ano: 2002 – Colorido. Duração: 84 minutos. Legendas: Português.

Elenco e produção
Ahidjo Mahamat Moussa, que fez o papel de Tahir, de quinze anos, pôde escolher, entre um grupo de meninos, quem interpretaria seu irmão mais novo, Amine. Ele escolheu Hamza Moctar Aguid, de oito anos, por pensar que ele poderia ser realmente seu irmão. Após as gravações, o filme foi enviado a Paris para ser processado e editado e, depois de uma longa espera, o filme estava pronto para ser lançado.

Prêmios
- Em 2002 - Hong Kong International Film Festival: Firebird Award - Menção Honrosa.
- Em 2002 - Kerala International Film Festival: Prêmio FIPRESCI e Golden Crow Pheasant
- Em 2003 - Ouagadougou Panafrican Film and Television Festival: Baobab Seed Award, Melhor Cinematografia, INALCO Award e UNICEF Award para a Infância.

Sobre o diretor
Mahamat-Saleh Haroun nasceu no Chade, em Abeche, em 1961. Estudou cinema e jornalismo no Conservatório de cinema francês , e em 1986 começou a trabalhar como jornalista e logo depois para uma estação de rádio local. Em 1994 ele fez sua estréia com o curta-metragem Maral Tanie recompensado em muitas Festival. Cinco anos mais tarde, ele fez o seu primeiro longa-metragem, Bye Bye Africa é premiado o melhor trabalho em Veneza, em 1999 . Uma amostra de Abouna , de 2002 , encontrou um lugar de honra no Museu de Cinema de Turim, a Mole Antonelliana e também foi apresentado no Festival de Cannes 2002 . Após Kalala baleado em 2006 , um documentário sobre um colega de trabalho que morreu de AIDS - "meu melhor amigo" - Estação Seca, que recebeu o Prêmio Especial do Júri no 63 Festival de Veneza em Veneza. A temporada de perdão também encontrou uma distribuição italiano, depois de ter recebido o Prêmio Especial do Júri no Lido de Veneza. Do drama à comédia "televisão" (como no caso de Sexe, quiabo et beurre salé ), o diretor gosta de lidar com diferentes gêneros.
Filmografia
Maral Tanie (1994), Bya Bye Africa (1999), Abouna (2002), Kalala (2006), Daratt - La stagione del perdono (Daratt) (2006), Sexe, gombo et beurre salé (2008) e Un homme qui crie (2010).

Serviço
Dia 18 de outubro de 2014 - sábado - 18:30 horas
CINECLUBE AFRO SEMBENE E COJIRA convidam
Sessão Especial em Comemoração ao Dia da Criança
Abouna (Nosso Pai) - direção de Mahamat Saleh Haroun
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja - entrada franca
Próximo ao metrô República e Igreja da Consolação
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br
www.cojira.wordpress.com - www.sjsp.org.br - e nas Redes Socais

Realização: Associação Fórum África
Parceria: Cojira/Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Apoio: Cabeças Falantes

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Pesquisa, montagem, postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.