sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

2ª Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea em São Paulo


A dança na cidade de São Paulo pulsa. E pulsa em todos os sentidos. Em todas as direções. Pulsa a originalidade, pulsa a ousadia e a reverberação de códigos que se atualizam constantemente, resultado da riqueza de nossa formação cultural. Pulsa também a necessidade de se criar um Centro de Referência da Dança. Um Centro de Referência de todas as danças, direcionado à preservação, à história, à divulgação de pesquisa e informação na área da dança, à democratização de acesso, à realização de atividades que possam manter viva a memória da dança, nas suas mais diversas expressões e manifestações.

Um Centro de Referência da Dança comprometido com a discussão da produção artística da contemporaneidade, que se configure não apenas como um espaço de atividades de dança, mas como uma verdadeira ação de política pública da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

Neste sentido, fundamentada pela concepção da Cultura a partir das dimensões simbólica, cidadã e econômica, além da efetivação de um espaço que abrigasse múltiplas ações de formação, reflexão e produção, em consonância com os diversos setores da SMC, é que a Cooperativa Paulista de Dança, entidade representativa dos profissionais de dança do Estado de São Paulo, apresentou uma proposta para a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, para o gerenciamento da fase de criação do Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo. O intuito é transformar a antiga sede da ‘Escola Municipal de Bailado’ – localizada na Praça Ramos de Azevedo, região central da cidade, em um espaço de confluência poética que, de modo atento e crítico, centra-se nos princípios da reinvenção, da diversidade e na apresentação de diferentes visões e abordagens artísticas no domínio da dança, possibilitando dessa forma, que o local se transforme num espaço de convivência, diálogo, pesquisa e troca de informações, além de revitalizar a área central da cidade e seu entorno.

O projeto tem o protagonismo como diferencial, promovendo ações que levam a dança para a cena cotidiana, pois dialoga com o cidadão paulistano, com a arquitetura, com a memória da cidade num exercício de sensibilidade trabalhando este olhar para a cidade, e especialmente para o contexto urbano em que estamos inseridos.

Não se trata apenas de ocupar um espaço que por si só já é um marco representativo da dança, com mais de 70 anos de história, mas sim estabelecer relações que resultem numa integração maior entre as poéticas contemporâneas, artistas, pesquisadores e públicos.

Dessa forma, a gestão desta primeira fase será conduzida pela Cooperativa Paulista de Trabalho dos Profissionais de Dança, entre os meses de agosto a dezembro de 2014. Ele é piloto de uma proposta maior da Secretaria, que estará disponível para consulta pública de modo que todos os interessados possam opinar e fazer sugestões de como deve ser a gestão deste equipamento para etapas posteriores.


2ª Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea

De 1 a 8 de dezembro acontece, no Centro de Referência da Dança de São Paulo (Baixos do Viaduto do Chá, s/nª, ao lado do Theatro Municipal),  o “Dança à Deriva - 2ª Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea”, que reúne trabalhos de 25 companhias, coletivos e artistas independentes, 13 vindos da Colômbia, México, Costa Rica, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Venezuela, e 12 brasileiros de São Paulo, Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Toda a programação, composta de apresentações cênicas, videodança, intervenções, saraus, workshops e fóruns de debates, é aberta ao público.

Realização da Secretaria Municipal de Cultura e Radar Cultural Gestão e Projetos, em parceria com a Cooperativa Paulista de Dança, a Mostra tem como premissa estabelecer trocas de experiências estéticas criativas entre criadores, intérpretes e público e fortalecer conexões com as nações envolvidas por meio da linguagem da dança. Temos urgências. Talvez a principal delas seja a necessidade de nos conhecer e reconhecer mutuamente, integrar e articular melhor o que fazemos, para implodir as fronteiras que estabelecem a latinidade como território do irracional”, reflete Solange Borelli, diretora geral do Dança à Deriva.

O evento, gratuito, ocorre de 1º a 8 de dezembro no Centro de Referência da Dança, localizado nos Baixos do Viaduto do Chá, ao lado do Theatro Municipal, no centro da capital. 

Toda a programação é aberta ao público. Clique aqui e confira.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Cineclube Afro Sembene e Cojira, em clima de Kwanzaa, o Natal Pan-africano, exibem “Alimento da Alma” e “O Moleque”, excepcionalmente dia 13/dez/14, sábado, 18 horas, no Sindicato dos Jornalistas, na última sessão dose dupla do ano.


O Kwanzaa é uma celebração afro-americana, de origem pan-africana, que tem início no dia 26 de Dezembro e fim em 1 de Janeiro de cada ano. Tem sido comemorada exclusivamente nos Estados Unidos, porém vem sendo realizada em outras localidades do mundo devido ao seu caráter não religioso.

A exemplo do 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra e do Movimento Negro no Brasil, tanto o pan-africanismo quanto o Kwanzaa têm uma importância vital para a história da África, bem como para a formação da Organização da Unidade Africana e de sua sucessora, a União Africana. Esse movimento foi crucial na constituição da identidade negra, tendo sido um instrumento de unidade de luta destes por reconhecimento, direitos humanos, igualdade racial e depois como elemento agregador na luta pela independência (nacionalismo) através de seus congressos, e também como componente aglutinador para formação de uma instituição continental que também tinha como um dos seus objetivos a descolonização de todo território africano. Neste cenário foi criado o Kwanzaa.

Kwanzaa é um feriado pan-africano, o que significa que ele foi concebido para unir as pessoas de descendência africana de todos os lugares do mundo. Ele vai de 26 de dezembro a 1º de janeiro. Diferente do Natal e do Chanucá, que são feriados religiosos, o Kwanzaa é um feriado cultural (na verdade, muitas pessoas comemoram o Kwanzaa e o Natal). Durante os sete dias, descendentes de africanos se juntam para celebrar a família, a comunidade, a cultura e os elos que os unem como povo. Eles também relembram sua herança, agradecem pelas coisas boas que têm e exultam as bondades da vida.

O Kwanzaa envolve a reflexão sobre sete princípios básicos: a valorização da comunidade, das crianças e da vida. Esta celebração está a espalhar-se lentamente pelos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Caraíbas e já se podem enviar postais a desejar “Feliz Kwanzaa”. Esta palavra significa "o primeiro, no início" ou, ainda, "os primeiros frutos", e pertence a tradições muito antigas das celebrações das colheitas na África. E foi ela a escolhida para representar esta celebração criada por Maulana Karenga e celebrada entre 1966 e 1967.

Toda a celebração e os rituais da Kwanzaa foram concebidos após as famosas e terríveis revoltas de Watts, em 1966. Ele buscou em remotas tradições africanas valores que fossem cultivados pelos afro-americanos naqueles terríveis dias de lutas pelos direitos civis, de assassinatos de seus principais líderes e que, não sendo religiosos, pudessem atrair - como atraíram - todas as igrejas de todas as comunidades negras em todo o país e, no futuro, pelo mundo afora. 

Karenga organizou a Kwanzaa em torno de cinco atividades fundamentais, comuns às celebrações africanas da colheita das primeiras frutas:

1) a reunião da família, de amigos, e da comunidade; 2) a reverência ao criador e à criação, destacadamente a ação de graças e a reafirmação dos compromissos de respeitar o ambiente e "curar" o mundo; 3) a comemoração do passado honrando os antepassados, pelo aprendizado de suas lições e seguindo os exemplos das realizações da história; 4) a renovação dos compromissos com os ideais culturais mais altos da comunidade como a verdade, justiça, respeito às pessoas e à natureza, o cuidado com os vulneráveis e respeito aos anciões; 5) a celebração do "Bem da Vida" que é um conjunto de luta, realização, família, comunidade e cultura.

Karenga, diz que, "a Kwanzaa é celebrada através de rituais, diálogos, narrativas, poesia, dança, canto, batucada e outras festividades". Estas atividades devem demonstrar os sete princípios, Nguzo Saba em suaíli: 1) umoja (unidade); 2) kujichagulia (autodeterminação); 3) ujima (trabalho coletivo e responsabilidade); 4) ujamaa (economia cooperativa); 5) nia (propósito); 6) kuumba (criatividade); 7) imani (fé).

Neste contexto, a Associação Fórum África, através do projeto Cineclube Afro Sembene, em parceria com a Cojira e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, convidam cinéfilos, produtores, professores, pesquisadores, público interessado e suas respectivas famílias para a sessão dose dupla, seguida de roda de conversa e confraternização, que será realizada excepcionalmente dia 13 de dezembro, pontualmente às 18 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. No programa serão exibidos “Alimento da Alma (Soul Food)”, longa-metragem de George Tillman Jr. (1997 - EUA), e “O Moleque”, curta-metragem de Ari Cândido Fernandes (2005 - Brasil).

A sessão dose dupla do Cineclube Afro Sembene visa contemplar não somente o cinema, diretor e produtor africano ou da diáspora negra, como também o nacional relacionado à temática afrodescendente, direta ou indiretamente, a exemplo de shows internacionais no Brasil que são abertos por bandas ou artistas locais e é realizada sempre no terceiro sábado mensal. Informa Oubí Inaê Kibuko, um dos coordenadores de programação do Cineclube Afro Sembene. Coordenação geral: Saddo Ag Almouloud, Vanderli Salatiel e Oubí Inaê Kibuko.

Nesta sessão especial, a última do ano, em clima de Kwanzaa, o natal pan-africano, o Cineclube Afro Sembene visa dar continuidade ao propósito de reunir gerações quase distintas para troca de impressões com o público, em forma de roda de conversa sobre ambos os filmes, cinema, africanidades e movimentos negros ou negros em movimento no cinema da África e Diáspora. O Cineclube Afro Sembene é um projeto da Associação Fórum África, de caráter social, cultural e pedagógico, sem fins lucrativos.

Alimento da Alma (Soul Food)
Sinopse: Todo domingo, uma família se reúne na casa de sua matriarca, Mama Joe (Irma P. Hall), para o jantar. Ela é a única que consegue apaziguar a briga entre suas três filhas, Maxine (Vivica A. Fox), Teri (Vanessa Williams) e Bird (Nia Long), que têm o hábito de comentar sobre o casamento umas das outras. Quando Mama Joe fica doente e é hospitalizada, as brigas se intensificam. Maxine não consegue entender o autoritarismo e a insensibilidade de Teri quanto à tradição familiar, e Bird aceita um favor de um ex-namorado que leva o seu marido à prisão. Então, um dos netos de Mama Joe, Ahmad (Brandon Hammond), filho de Maxime, resolve fazer de tudo para unir a família novamente, inclusive cozinhar as receitas de sua avó.

Ficha técnica:
Título original: Soul Food. Gênero: Comédia dramática. Direção: George Tillman Jr. Elenco: Vanessa Williams, Vivica A. Fox, Nia Long. Idioma: Inglês. Legendas: Português. Lançamento: 1997. Nacionalidade: EUA. Duração: 114 minutos.

O Moleque 
Sinopse: Adaptação de conto homônimo de Lima Barreto, presente no livro Histórias e Sonhos. O filme mostra a história de Tião, um garoto e filho de lavadeira, que sofre muito preconceito e gozações de outros meninos do vilarejo por ser negro e tem, como único amigo, Pedrinho – menino branco que também possui curiosidades acerca das diferenças raciais, porém sem desrespeitar o amigo. Melhor Curta no Brazilian Film Festival of Toronto e também no Toronto International Portuguese Film Festival. 
Curiosidade: O Moleque é dedicado à atuação de Grande Otelo no filme "Moleque Tião", de José Carlos Burle - 1943.

Ficha técnica:
Direção: Ari Candido Fernandes. Elenco: Zezé Motta, Maria Ceiça, João Acaiabe, Eduardo Silva, Rodolfo Valente, Abayomy de Oliveria, Javert Monteiro. Ano de lançamento: 2005. Origem: Brasil. Cor: Colorido. Audio: Português/sem legenda. Duração: 13 minutos

Serviço:
13/dezembro/2014 - sábado - 18 horas
Cineclube Afro Sembene e Cojira convidam
Sessão especial em clima de Kwanzaa – o natal pan-africano
ALIMENTO DA ALMA - George Tillman Jr. – EUA
O MOLEQUE – Ari Cândido Fernandes – Brasil.
Local: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja - Entrada franca
Próximo ao metrô República e Igreja da Consolação
Contatos: (011)99750-1542/3217-6299/3256-7191
Informações: www.cineclubeafrosembene.blogspot.com.br/
www.cojira.wordpress.com/ www.jornalistasp.org.br/
www.tamboresfalantes.blogspot.com.br/

Realização: Fórum África
Parceria: Cojira/Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
Apoio: Cabeças Falantes

Agende-se - Compartilhe – Compareça com seus familiares e amigos!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Cine Brás estreia com a exibição de REMOÇÃO, documentário de Luiz Antonio Pilar

A proposta de assistir a um filme com uma bela vista de São Paulo, no fim de tarde soa muito atraente. E é disso que se trata o Cine Brás: a exibição gratuita de filmes na laje de um antigo prédio no Brás. Entretanto, reviver a experiência coletiva de assistir a um filme na Avenida Rangel Pestana, coração do bairro do Brás, é ativar a memória afetiva de São Paulo.

Durante a primeira metade do século XX, o Brás abrigou importantes salas de cinema, como a luxuosa sala do Cine Piratininga, que foi por  décadas, a maior sala de cinema do Brasil, uma das maiores de toda América Latina.

Queremos ocupar o Brás, importante reduto da historia paulistana, propondo uma nova a vivência do cinema ao ar livre, estimulando o debate sobre o direito à cidade, patrimônio histórico, cidadania e cultura. Por uma cidade que rompa com suas fronteiras invisíveis, que conheça sua historia e dialogue mais.

O Cine Brás estreia com a exibição do filme documentário REMOÇÃO, com a presença do diretor Luiz Antonio Pilar, da Lapilar Produções Artísticas.

Sinopse: O longa metragem aborda o processo de remoção das favelas da zona sul da Cidade do Rio de janeiro (Parque Proletário da Gávea, na Gávea, Praia do Pinto, no Leblon, Ilha das Dragas e Morroda Catacumba, na Lagoa, Morro Macedo Sobrinho, em Botafogo e Morro do Pasmado, em Copacabana), nas décadas de 1960 e 70. Direção: Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack.

Serviço
Cine Brás 1ª Edição estréia com o filme Remoção
Direção: Luiz Antonio Pilar e Anderson Quack.
Dia 06/12/2014 - sábado às 17:00
Av. Rangel Pestana, 1292 - Brás - São Paulo/SP.
Entrada e pipoca gratuita. Venda de comes e bebes com a Leve Bem-Estar - de Alessandro Vassoler.
Contatos: Email - Facebook
Fonte e créditos: Equipe Cine Brás

Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Cineclube Afro Sembene e Fórum África.

Mostra “Ouvir Imagens” encerra a programação do ano do Cinusp


Entre os dias 1 e 19 de dezembro, o Cinema da USP Paulo Emílio (Cinusp) exibe a mostra “Ouvir Imagens”. O conjunto de filmes têm em comum a presença do som como elemento central, abordado sob perspectivas semânticas, morfológicas e estéticas não ortodoxas e que, para além da resignada relação entre som e imagem, tentam resgatar o sentido da audição como parte essencial da arte e da vida.

Entre os filmes escolhidos está o longa Aquele Querido Mês de Agosto, do diretor Miguel Gomes. Lançado em 2008, a obra retrata as festividade típicas do mês de agosto em Portugal. O Baile, de Ettore Scola, mostra a agitada vida em um salão de dança, passando por em cinquenta anos de dança na França, a partir dos anos 20. O filme é de 1983. A mostra traz também As Canções, produção brasileira do diretor Eduardo Coutinho. O filme de 2011 reproduz a busca por lembranças por um caminho percorrido através da música.

Todas as sessões são gratuitas. Os filmes serão exibidos na sala do Cinusp, Rua do Anfiteatro, 181, Colméia – Favo 04, na Cidade Universitária, e na sala Carlos Reichenbach do Centro Universitário Maria Antônia, na Rua Maria Antônia, 294 – 1º andar, Consolação.

Além das exibições, o Cinusp programou também atividades especiais. Em parceria com o Instituto Goethe de São Paulo, a mostra recebe o cineasta austríaco Peter Kubelka, apresentando seu mais recente projeto, Monument Film. Também haverá debate com o compositor Lívio Tragtenberg e o editor de som Fernando Henna. A programação da mostra conta ainda com apresentações da Camerata Profana, o grupo Personne, e o Conjunto de Música Antiga da USP.

A programação completa da mostra “Ouvir Imagens” podem ser acessadas do site do Cinusp.

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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Mano Brown e convidados peso-pesados em novo festival de hip-hop


A primeira edição do festival SP RAP realizado pela Praça das Artes e produzido pela Boia Fria Produções promete marcar a história do RAP num local bem próximo ao ponto de encontro de b-boys e MCs, onde o movimento hip hop se consolidou em São Paulo. No Mês da Consciência Negra, ritmo, poesia e atitude estarão em peso na celebração da cultura de rua que invade o centro da capital paulista. No dia 30/11, mais de 20 atrações se apresentam ao longo das onze horas do evento: shows solo de Mano Brown (Racionais MC’s), Flora Matos e Rincon Sapiência, além do Projetonave com diversos convidados de peso, como BNegão, Karol Conka e Rashid.

Ciceroneadas pelo mestre de cerimônia Max B.O., as atrações levam ao espaço os quatro elementos do hip hop (grafite, break dance, mestre de cerimônia e DJ), unindo crianças, adultos, homens e mulheres que tem em comum a entrega e dedicação ao movimento cultural que surgiu com força em São Paulo nos anos 80. Na estreia do festival, o público terá oportunidade de conferir nomes consagrados, integrantes da novíssima geração que já fazem do rap seu caminho, e rappers que estão obtendo cada vez mais destaque no cenário.

O SP RAP traz diferentes artistas expoentes e estilos do movimento. O dia começa com a grafitagem do Grupo OPNI e a apresentação do grupo Projeto Hip Hop Kidz Br, os mais novos representantes do gênero, com MCs e b-boys, seguido de batalha de rimas. O palco será então invadido pela forte cena feminina, representada na seleção As Minas do Rap, que conta com Sharylaine, a primeira mulher a gravar Rap no Brasil, entre outras. O consagrado DJ CIA (do grupo RZO) comandará a festa até que Os Manos do Rap, com expoentes do gênero, entre eles o pioneiro Thaíde, assumam as pick ups. O DJ sobe ao palco novamente, preparando o público para Rincon Sapiência, que levará a apresentação do seu aclamado EP “SP Gueto BR”. O lendário DJ KL Jay (Racionais MC’s) dispara toda sua genialidade até a apresentação de Flora Matos. Após a apresentação de Flora, principal nome feminino no Rap atualmente, KL Jay retorna ao palco até a chegada do ícone Mano Brown. Brown fará seu show solo, que conta com sucessos do Racionais MCs e músicas mais suingadas, com raízes na soul e disco music. Na sequência, a DJ Pathy De Jesus esquenta a pista com hits dançantes da black music. Para encerrar a noite, o palco será tomado pelo Projetonave, banda que recebe diversos convidados especiais: BNegão, Kamau, Rashid, Xis, Lurdez da Luz, Karol Conka e Flávio Renegado.
Datas e Horários
30/11/2014 - domingo das 11h00 as 22h00
Local: Praça das Artes - entrada franca
Entre metrô São Bento e Anhangabaú

Fonte: Theatro Municipal Programação SP Rap



Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

Mostra de Cinema Oriente Médio



Passados quase dois anos da série de revoltas populares conhecidas como Primavera Árabe, selecionamos filmes que procuram mostrar como estes povos estão lidando com a construção de uma nova ordem social e política em uma região ainda tensionada por diversos conflitos. 

Realizada pelo Sesc São Paulo e pela Secretaria Municipal de Cultura, a presente Mostra conta com a colaboração de produtores independentes, além do apoio do Centro de Estudos Árabes da USP, do Consulado Geral da República Federal da Alemanha em São Paulo e do DEFC – Documentary and Experimental Film Center (Irã). A curadoria cabe a Arlene Clemesha e Marcia Camargos.

No CineSesc, de 03 a 06 de dezembro.
No Cine Olido, de 04 a 09 de dezembro.

Presença de Johannes Roskamm, de "Tracks of Cairo", na apresentação das sessões de seu filme no CineSesc, e no "Cinema da Vela", bate-papo no hall do CineSesc dia 04/12, às 19h30.

Para mais informações:

CineSesc: Rua Augusta, 2075, Cerqueira César. 
Próximo à estação de metrô Consolação. 
Telefone (11) 30870500
Preços: 
R$ 4,00 (inteira) 
R$ 2,00 (usuário matriculado no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino)
R$ 1,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes)
Clique aqui e confira programação e horários.

Cine Olido: Avenida São João, 473, Centro.
Próximo à estação de metrô República. 
Telefone (11) 33970171 e 33318399
Preços:
R$ 1,00 (inteira)
R$ 0,50 (meia)
Clique aqui e confira programação e horários.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Curitiba lança edital em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas




Concurso oferece R$ 2,5 milhões em apoio a até 20 projetos de telefilmes e pilotos de obras seriadas. Inscrições até 30 de dezembro.
 
A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) lançou na sexta-feira, 21 de novembro, em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas, gerenciado pela ANCINE, o Edital nº 094/14 - Produção Audiovisual FCC/FSA 2014/2015. O concurso disponibiliza um total de R$ 2,5 milhões para o apoio a até 20 projetos de telefilmes e pilotos de obras seriadas.
 
Do valor total disponibilizado, R$ 1,5 milhão será aportado pelo Programa Brasil de Todas as Telas, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e R$ 1 milhão virá do orçamento do Fundo Municipal da Cultura de Curitiba. A ação faz parte do eixo de Suplementação Regional do Programa Brasil de Todas as Telas, que busca estimular o desenvolvimento regional da produção audiovisual brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais.
 
As oportunidades são para projetos de telefilmes de animação ou ficção com 52 minutos (4 projetos serão contemplados com até R$ 305 mil, cada); pilotos de obras seriadas de ficção (8 projetos receberão até R$ 90 mil, cada); pilotos de obras seriadas de animação (4 projetos com apoios de até R$ 90 mil, cada); e pilotos de obras seriadas documentais (4 projetos serão selecionados e farão jus a até R$ 50 mil, cada).
 
Como se inscrever
 
Podem apresentar projetos as empresas produtoras com registro regular e classificadas na ANCINE como agentes econômicos brasileiros independentes, e com residência no município de Curitiba há pelo menos um ano. As inscrições devem ser feitas por via postal por meio do sistema Sedex, até o prazo limite de 30 de dezembro. Leia atentamente o edital e seus anexos para informações sobre os requisitos, endereço para envio e formato de inscrição dos projetos.
 
Suplementação de recursos do Brasil de Todas as Telas
 
O Programa Brasil de Todas as Telas é a maior e mais importante iniciativa de fomento ao setor audiovisual já desenvolvida no país, com recursos da ordem de R$ 1,2 bilhão, oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual. Uma das ações, no eixo que visa fomentar a produção e difusão de conteúdos, busca estimular o desenvolvimento regional da produção brasileira por meio de parcerias com governos municipais e estaduais. Este ano, até R$ 95 milhões serão investidos na produção de obras selecionadas por editais de entidades e órgãos públicos de governos estaduais e prefeituras de capitais.
 
Para mais informações, acesse a página do Programa Brasil de Todas as Telas.


Pesquisa e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Associação Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ministério da Cultura lança edital de apoio à produção audiovisual afro-brasileira

João Batista Silva, da SAV, Ana Cristina Wanzeler, ministra interina da Cultura, e Hilton Cobra, da Fundação Palmares, durante lançamento do edital na Funarte em São Paulo. (Foto de Gustavo Serrate)
A ministra da Cultura interina, Ana Cristina Wanzeler, lançou, nesta quinta-feira (13/11), na Fundação Nacional das Artes (Funarte) em São Paulo (SP), o edital "Curta afirmativo 2014: protagonismo de cineastas afro-brasileiros na produção audiovisual". As inscrições estão abertas até 30 de janeiro de 2015.

A ministra Ana Wanzeler ressaltou a importância do edital que abre espaço para a cultura negra e reafirma a força do audiovisual no país. Ela destacou, também, o fato de o edital se preocupar com o equilíbrio na distribuição dos recursos com o objetivo de estimular a produção cultural em todas as regiões do país. "Buscamos dar voz e protagonismo a produtores negros e à cultura negra, tão essenciais à nossa raiz brasileira, tão fundamentais na formação de nossa identidade como país, mas que historicamente ficaram excluídos das políticas públicas", disse a ministra.

Com investimento de R$ 3 milhões, a proposta é apoiar a produção de obras nacionais inéditas dirigidas ou produzidas por negros. A iniciativa premiará 34 obras, 21 curtas-metragens com temática livre e 13 média-metragens que abordem a cultura de matriz africana. O apoio financeiro varia de R$ 100 mil a R$ 125 mil respectivamente.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, destacou as iniciativas do Ministério da Cultura (MinC) voltadas à comunidade negra: "Nunca antes neste país tivemos tantos projetos contemplados, em dois anos tivemos 542 projetos beneficiados pelos editais", destacou. Também participaram do evento o diretor de Gestões de Políticas Audiovisuais da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MiNC), João Batista Silva, o secretário da Promoção e Igualdade Racial da cidade de São Paulo, Antônio Pinto, além de representantes de associações de comunidades negras, produtores e agitadores culturais.

Inscrições - Os interessados podem se candidatar pela internet, ao acessar o sistema SALICWEB. As obras audiovisuais deverão ser inscritas por pessoas físicas autodeclaradas negras (pretos e pardos, de acordo com as categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), brasileiros natos ou naturalizados, que se apresentem obrigatoriamente como diretores ou produtores.

Para serem selecionadas, as obras passam por várias etapas de avaliação. Na habilitação, serão checados documentos, itens e informações solicitados em conformidade com exigências do edital. A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC) constituirá comissão técnica para realizar todos os procedimentos necessários à habilitação. Após essa etapa, as obras habilitadas serão avaliadas pela Comissão de Seleção composta por, no mínimo, 3 integrantes, designados pela secretaria.

O lançamento desse edital faz parte de ações afirmativas do MinC voltadas para a população afrodescendente, como feiras, intercâmbios, prêmios e outros editais. A edição do Curta Afirmativo de 2012 teve investimento de mais de R$ 2 milhões e beneficiou 30 projetos de jovens realizadores e produtores negros.

Clique aqui e assista os vídeos de chamada e aqui para baixar o edital disponível em pdf.

Fonte: Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura 

Pesquisa e Postagem por Oubí Inaê Kibuko para Associação Fórum África e Cineclube Afro Sembene.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Inscrições abertas para 5º Festival Internacional Urânio em Moviemento, no Rio de Janeiro

Mostra dedicada a filmes sobre energia atômica e nuclear recebe gratuitamente inscrições para edição 2015 até o dia 1º de dezembro.

A 5ª edição do International Uranium Film Festival – Urânio em Moviemento recebe inscrições de filmes sobre energia nuclear e atômica até o dia 1º de dezembro. O festival, inaugurado em 2011, será realizado em maio de 2015 no Museu de Arte Moderna - MAM, no Rio de Janeiro, e ao longo do ano em diversas cidades ao redor do mundo.
Inscrições e premiação
As inscrições são gratuitas e as produções poderão participar da mostra competitiva, onde curtas, longas e animações concorrerão ao Oscar Amarelo, prêmio oficial do festival. O evento também realiza uma mostra não competitiva, com filmes de qualquer duração produzidos por empresas ou instituições, além de mostras retrospectivas e informativas.
Não há restrições à data de produção ou gênero. Novas edições de obras inscritas em edições anteriores também são aceitas. A única exigência para participação é que os filmes tenham em sua temática aspectos nucleares ou atômicos: energia nuclear; bombas atômicas; armas de urânio; mineração e prospecção de urânio e outros minerais radioativos; acidentes nucleares e radioativos; ciência e medicina nuclear; irradiação de alimentos; ou lixo radioativo.
As inscrições devem ser feitas por via postal ou com o envio do filme em formato digital por e-mail. Também é necessário o preenchimento da ficha de inscrição, o envio de ao menos três fotos da obra, e duas fotos do diretor com alta qualidade para impressão. O festival pede também material promocional, trailer e lista de diálogos do filme com timecode. Clique aqui para consultar o regulamento do festival.
Para mais informações, acesse o site oficial do International Uranium Film Festival – Urânio em Moviemento.

Fonte: ANCINE

Consciência Nacional Brasileira - crônica de António Matabele - Mozambique

 
Heresias do Oceano Índico

... que nesse Brasil abençoado por Deus todo o cidadão se sinta apenas brasileiro !!!


      Como não havia Facebook, nem esferográfica BIC, GPS também não, Pedro Álvares Cabral, o encobridor (perdão, queria dizer, o descobridor) do Brasil convencionou dizer aos seus mandantes em Portugal, que havia chegado às terras de Vera Cruz, num dia qualquer de Abril do ano, exactamente, de 1500 depois da era Cristã.

      E já que em História são os factos mais importantes que a precisão das datas, aquela convicção pessoal de Cabral elevou-se à categoria de convenção universal e todo o mundo aceitou que o Brasil dos pacíficos indígenas dizimados aborígenes índios – ainda sem os pretos trazidos à força para aquelas terras por essa terrível vergonha da humanidade, que foi a escravatura – que naquele dia aquele pedaço do planeta terra tinha entrado para a senda da globalização. Atenção: a globalização é tão antiga quanto o Homem ao cimo da terra ou navegando sobre rios, mares e oceanos infindos.

      Mas (esta maldita conjunção adversativa sempre aparecendo estragando o curso belo e normal das coisas em processo) com o evento da escravatura e da ganância de o Homem enriquecer depressa, foi inventado o abominável rentável (?) negócio da desumana traficância da Pessoa despida da sua condição de Homem.

      A escravatura é quase tão antiga como o Homem na Terra. Vejamos que muito antes do Nosso Jesus Cristo, o Salvador, se fazer à Terra para cumprimento do nobre mandato que recebera de seu Pai Celestial, a escravatura já existia, de tal modo que até o Povo Eleito fora levado para o Egipto como escravo.

      Agora aquela escravatura na perspectiva que transformou o ser Humano em mais uma mercadoria altamente lucrativa, que nem os principais modernos “comodities” (barris de petróleo, gás, carvão, algodão, diamantes e quejandas riquezas) é algo que frutificou e se fortificou com o evento dos ditos descobrimentos. Quando as potências europeias navegantes: Holanda, Inglaterra, Espanha, Portugal, França começaram a precisar de colonizar e explorar as inúmeras potencialidades virgens que a mãe natureza prodigalizava aos donos das possessões acabadas de descobrir e que haviam auto-proclamado como suas colónias, eis que surge a necessidade de se possuir uma força de trabalho barata para a exploração rentável daqueles empreendimentos do além-mar (ultramarinos).

      Então o comércio do escravo preto (eu sei que os irmão brasileiros ficam melindrados com o uso desta expressão correcta, preferindo, então, eufemizá-la com o “negro”) aliada à necessidade disponibilidade de mão do obra barata para a rendibilização daquelas riquezas em estado virgem, surgiu como algo duplamente lucrativo. O preto era já em si próprio uma mercadoria que encerrava um valor intrínseco elevado e, ainda por cima, ele mesmo era usado para a exploração eficaz dos recursos potencialmente existentes. Portanto, o preto, reduzido à condição de escravo, valia como mercadoria e como força de trabalho de custo nulo. Preto: importante mercadoria e simultaneamente instrumento de trabalho fundamental.

      Bom negócio: com uma paulada dois ganhos!

      Ao aceitar o convite para me associar a esta efeméride celebrada no Brasil como dia da Consciência Negra, eu me perguntei se haveria idêntico dia para os brancos, índios, árabes, amarelos e etc para os milhões daquele povo naquele Brasil continental de 250 Milhões de Habitantes sem cor unidos sob a mesma bandeira de uma Pátria una, épica e jamais indivisível porque é invencível no seu querer.

      Esta exaltação desta data não será mais uma reminiscência da discriminação da qual o Homem Preto do Brasil ainda é vítima? A República da África do Sul, cujo Povo correctamente conduzido pelo ANC, pelo grande imortal Mandela (já li que o Vaticano pretende canonizá-lo como Santo Ecuménico) e pela comunidade internacional apoiado, libertou-se, em 1994, do apartheid, essa moderna, retrógrada e suja forma de escravatura, mas nem por isso criou um dia para homenagear somente o Preto. Em seu lugar foi criado o “freedom day”, que é festejado no dia 27 de Abril por todos os cidadãos daquele país da cor do arco iris. 

      Mas dado que não há dois países iguais e como em Roma temos que respeitar as leis romanas, quem sou eu, modesto exemplar sobrante dos escravos exportados também para o Brasil para opinar de forma crítica ou apologética quanto à existência do Dia da Consciência Negra no Brasil?

      Mas (de novo esta maldita proposição adversativa) eu gostaria que a pobreza no Brasil deixasse de ter cor negra. Eu explico-me melhor: tendo em atenção que o primado da economia comanda a sociedade, eu gostaria que naquele País apenas superado pelo Paraíso descrito na Bíblia fossem encontrados critérios menos injustos de a riqueza chegar, potencialmente, de forma proporcionalmente igual, a todos os cidadãos, fossem estes de cor azul, vermelha, preta ou amarela (mas, afinal o HOMEM tem cor?!). Se as coisas acontecessem “deste jeito”, todo o mundo viria inspirar-se no modelo brasileiro para que a pobreza com cor fosse erradicada do Planeta Terra.

    Haja saúde e Parabéns a todos os irmãos brasileiros por este seu dia da CONSCIÊNCIA NEGRA e que os frutos desta reflexão colectiva culminem na predisposição de todos apenas sentirem necessidade de celebrar o dia NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NACIONAL BRASILEIRA.

     Mas apesar de tudo isto (ou por causa de tudo isto) eu te amo meu Brasil por teres sido forçado a acolher meus tetra-ancestrais reduzidos a teus escravos bravos, duros e alegres desbravadores construtores desse País detentor de uma das dez maiores economias do mundo (BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, South Africa)!

António Matabele
Maputo, 20 de Novembro de 2014.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pesquisa inédita revela os hábitos culturais dos paulistas


Compartilhando uma pesquisa online da J.Leiva sobre hábitos, perfis, índices, classes e acessos aos espaços e equipamentos culturais em São Paulo. 

"Uma pesquisa inédita realizada em 21 municípios de São Paulo mapeou os hábitos culturais dos paulistas. Entre outros dados, o estudo revelou que 44% das pessoas de classe C frequentam bibliotecas e que a cidade que mais aprecia concertos clássicos é Tatuí.

Hábitos culturais dos paulistas é um projeto que começou a ser desenvolvido a partir de palestras, debates, análise de outras pesquisas e muitas conversas informais sobre cultura. É quase unânime a percepção de que a área carece de instrumentos e ferramentas que ajudem a entender a dinâmica das práticas culturais, da faísca que gera a criação ao comportamento da população em relação à diversidade da produção cultural brasileira.

Quais os gargalos específicos de cada área? Qual o potencial de crescimento de atividades específicas? Como a população se relaciona com a cultura? Que impacto podemos esperar de eventos ou equipamentos culturais? O que afasta o cidadão de teatros e museus? Existem oportunidades inexploradas? Da arte ao entretenimento, as indagações são inúmeras.

Instigada por esses desafios, a JLeiva Cultura & Esporte estruturou uma pesquisa com o objetivo de gerar informações capazes de alimentar o trabalho de diferentes agentes da sociedade que no dia a dia produzem, estudam ou patrocinam a cultura. O formato escolhido foi o de uma pesquisa quantitativa, focada em São Paulo.


Além de consultar os resultados por cidade nos mais de 1.000 gráficos existentes e na base bruta em excel, os interessados no assunto poderão ter acesso ao livro Cultura em SP, que apresenta um resumo geral da pesquisa e textos de quinze pesquisadores, jornalistas e produtores culturais que fizeram uma primeira análise das informações coletadas." 

Quem puder e se interessar, acesse o site da TV Cultura, Programa Metrópolis, edição de domingo 16/11 e veja a matéria completa. Outro canal é o UOL Mais. Quem não possui banda larga e tiver paciência com acesso tartaruga picotada clique aqui e confira. 

Alguns dados da pesquisa:

CULTURA E TEMPO LIVRE
25% da população do interior disse realizar atividades culturais no seu tempo livre

ATIVIDADES CULTURAIS
Ler livros é a atividade realizada no tempo livre para 11% dos entrevistados do interior

A REGIÃO E O ESTADO
20% dos entrevistados do interior foram ao circo no último ano; totalno estado é 16%

ACESSO E TECNOLOGIA
Metade dos entrevistados do interior acessa a internet diariamente

TEMPO LIVRE
Para tentar compreender a importância da cultura para os moradores de São Paulo, partimos da ideia de que as atividades culturais são realizadas fora do tempo dedicado ao trabalho.

ATIVIDADES PRATICADAS
O gráfico mostra o percentual de pessoas que disse ter praticado essas atividades pelo menos uma vez no último ano.

GRAU DE INTERESSE
Pedimos para os entrevistados darem uma nota de 0 a 10 para cada uma das atividades listadas acima de acordo com o seu grau de interesse.

BARREIRAS DE ACESSO CINEMA
Para as pessoas que declararam não ir ao cinema, perguntamos quais os motivos que as afastavam da atividade.

BARREIRAS DE ACESSO TEATRO
O gráfico mostra os motivos declarados por quem não vai ao teatro para não frequentar os palcos de São Paulo.

BARREIRAS DE ACESSO MUSEU
Os motivos alegados pelos moradores de São Paulo para não ir a museus seguem a dinâmica das barreiras declaradas para o caso do cinema e o teatro.

COMO ESCOLHE A PROGRAMAÇÃO
O gráfico mostra as fontes de informação que as pessoas utilizam para se informar sobre eventos culturais e de lazer na 
GÊNEROS PREFERIDOS MÚSICA
O gráfico mostra os estilos musicais preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

GÊNEROS PREFERIDOS CINEMA
O gráfico mostra os gêneros cinematográficos preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

GÊNEROS PREFERIDOS TEATRO
O gráfico mostra os gêneros teatrais preferidos na cidade. Perguntamos qual o gênero preferido em 1º, 2º e 3º lugar.

CULTURA E TEMPO LIVRE
21% da população disse realizar atividades culturais no seu tempo livre

ATIVIDADES CULTURAIS
Um em cada quatro entrevistados da região disse ter ido ao teatro no último ano

A REGIÃO E O ESTADO
Índices de frequência a circo, festas populares e sair para dançar superam o total do estado

ACESSO E TECNOLOGIA
Metade dos entrevistados da região metropolitana disse acessar a internet todos os dias

TEMPO LIVRE
Para tentar compreender a importância da cultura para os moradores de São Paulo, partimos da ideia de que as atividades culturais são realizadas fora do tempo dedicado ao trabalho.

ATIVIDADES PRATICADAS
O gráfico mostra o percentual de pessoas que disse ter praticado essas atividades pelo menos uma vez no último ano.

GRAU DE INTERESSE
Pedimos para os entrevistados darem uma nota de 0 a 10 para cada uma das atividades listadas acima de acordo com o seu grau de interesse.

BARREIRAS DE ACESSO CINEMA
Para as pessoas que declararam não ir ao cinema, perguntamos quais os motivos que as afastavam da atividade.

BARREIRAS DE ACESSO TEATRO
O gráfico mostra os motivos declarados por quem não vai ao teatro para não frequentar os palcos de São Paulo.

BARREIRAS DE ACESSO MUSEU
Os motivos alegados pelos moradores de São Paulo para não ir a museus seguem a dinâmica das barreiras declaradas para o caso do cinema e o teatro.

COMO ESCOLHE A PROGRAMAÇÃO

O gráfico mostra as fontes de informação que as pessoas utilizam para se informar sobre eventos culturais e de lazer na cidade.

Os dados e resultado completo da pesquisa estão disponíveis em arquivo pdf neste link Para visualizar é preciso ter instalado Acrobat Reader compatível na sua máquina ou baixar o aplicativo em sites confiáveis, tais como Baixaki e Superdownloads. Cuidado apenas com as sugestões dos instaladores. Vem com um monte de pacotes com produtos agregados e muitas vezes desnecessários para o seu uso. Na dúvida clique em "não" até chegar no programa desejado ou baixe a versão sem instalador.  

Fonte e créditos: J.Leiva - Pesquisa - Index
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Espero estar ajudando a quem possa interessar...

Oubí Inaê Kibuko
Coordenador de Programação do Cineclube Afro Sembene

Semana Negra 2014 no CEU Caminho do Mar



A Semana Negra é um conjunto de eventos que inclui música, oficina de tranças, oficina de maquiagem, shows, afrokids (espaço de entretenimento para crianças afrodescendentes), encontro de samba rock, baile nostalgia, feirinha de produtos variados, e muito, muito mais. No roteiro  shows especiais com o Grupo Samprazer, Ivo Meirelles e Banda, Grupo Samba Sim, Pretologia Rap, dentre outros. Se possível colabore com a doação de um brinquedo para o Natal.  

Acontecerá dia 22/novembro/2014, sábado, das 10 às 19 horas, no CEU Caminho do Mar. Traga seus familiares e amigos e venha se divertir! Entrada franca.

Endereço:
Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5.241, São Paulo/SP. Próximo ao Metrô Jabaquara - 2 km. Ônibus direto na Praça João Mendes, atrás da Catedral Sé.
Fone: (011) 3396-5550


Saiba mais em

Texto e imagem: Mailing CEU Caminho do Mar. Edição e postagem por Oubí Inaê Kibuko para Fórum África e Cineclube Afro Sembene.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Pátria - crônica

…da margem do Rio Pitamacanha  
Maputo, 22 de Outubro de 2014

…que os moçambicanos reforcem a sua motivação para continuarem a estudar o seu País  e parabéns ao Povo de Angola pelo 11 de Novembro de 2014.




        Lawene, meu saudoso irmão, cujo nome de registo em seu BI é Júlio Ernesto Matabele, sempre trapalhão no falar, ainda miúdo da escola primária, no lugar de dizer Pátria, pronunciava “pátala” quando quisesse entoar a primeira estrofe daquela canção épica que nos era ensinada no tempo colonial “viva a pátria, viva a pátria, Portugal, Portugal, a linda bandeira sem igual” e ele dizia “viva a pátala, viva a pátala, Putugal, Putugal, a linda bandela shem iguali”! Ele que era de choro fácil e muito sensível à crítica jocosa, ficava lavado em lágrimas quando zombávamos dele pela sua forma exageradamente infantil de pronunciar as palavras.

        Com canções como estas, textos, objectos, medalhinhas, ícones, bonés e bugigangas sem fim era-nos incutido, desde tenra idade, pelo regime colonial e fascista, que éramos, também, portugueses e que a nossa pátria era a lusitana e que Portugal era a nossa metrópole.

        Fazia parte desta doutrinação patriótica ensinarem-nos até cantarolarmos de memória o percurso dos rios Tejo, Douro e do Guadiana e afluentes, da linha férrea do norte até Lisboa sem nada nos ser ensinado acerca do rio Zambeze, Save, Limpopo e dos nossos comboios cuja grande importância para Moçambique e para a região só poderia ser mensurada pela quantidade de pessoas e mercadorias transportadas anualmente nos milhares de quilómetros feitos internamente e pelo interior dos países do chamado “interland” fronteiriços de Moçambique. 

        Era de vital importância para o regime colonial-facista inculcarem em nossas cabeças que éramos, também, portugueses, portanto, abrigados na mesma pátria.

        Mas o que é afinal isso de Pátria?

        O nosso Hino Nacional exalta este conceito supra-nacional cuja abrangência é de uma transversalidade sem paralelo, ao ponto de o mesmo ter sido, oficiosamente, baptizado de “Pátria Amada”.

        Raros são os países em cujos hinos nacionais a pátria não seja carinhosa e epicamente exaltada. Os nossos irmãos de Cabo Verde dizem que ela é “morabeza”, palavra de difícil tradução porquanto a mesma é para ser intensa e intimamente sentida e reflecte o que de mais intrínseco e profundo existe da mais original, indígena, natural, autêntica e “caboverdianissima” maneira de ser estar e sentir o seu País.

        Esta bonita coisa de Pátria se não nos controlarmos poderá levar-nos ao paroxismo (clímax) de, irracional e emocionalmente, cometermos excessos de chauvinismo nacionalista, algumas vezes de resultados práticos perniciosos para o País.       

        Pátria é algo que pertence a todos os cidadãos de um País, não sendo de alguém em particular.

        Pátria não tem um só dono, mas tem um dono colectivo e poderosíssimo, que é o povo.

        Pátria é, portanto, algo transcendente e sublime que se confunde com o território aonde pessoas com as mesmas características somáticas, ou étnicas, ou linguísticas ou de outra natureza ou categoria aglutinadora, nasceram ou decidiram viver confinadas no mesmo espaço territorial geográfico, constituindo-se em forma de País e este, por sua vez, com elevado sentido unificador de Nação.

        A Pátria é o cimento que faz a argamassa aglutinadora de muitas pessoas em forma de Nação e que, subsequentemente, se organizam em forma de País – República ou Monarquia.

        A Pátria não é algo que apenas possuímos, pois ela é muito mais do que isto.

        A Pátria é algo que sentimos, com profunda sinceridade, dentro de cada um de nós. É! A Pátria sente-se no íntimo de cada um de nós!

A Pátria é o espaço onde o Homem organizado em forma de sociedade alcança a plenitude da sua felicidade.

        Por sentirmos a Pátria dentro de nós, temos o dever de, sem nada exigirmos dela à laia de ressarcimento, darmos o melhor de nós mesmos para o seu engrandecimento. Por esta razão, nas mais variadas frentes em que nos encontremos a desenvolver uma actividade teremos que dar o melhor de nós mesmos para o desenvolvimento da nossa Pátria.

        Em nome da Pátria, e para seu bem, os seus cidadãos devem abster-se de consumar actos considerados criminosos, imorais e de conduta pouco recomendável seja qual for o cargo, função ou posição por eles desempenhada na sociedade.

        Actos lesivos ao património pátrio - estou a referir-me ao erário público, atentatórios à dignidade da Pessoa Humana, desabonatórios ao merecido bom nome do País no convívio internacional e mundial - devem ser energicamente combatidos por todos os cidadãos, e os seus protagonistas julgados segundo a Lei.

        Trabalhemos com dignidade e abnegação sem limites no duro combate sem tréguas, rumo ao desenvolvimento da nossa Pátria.

        A nossa Pátria, repito-o, não tem um só dono porque ela pertence, de modo incondicional, a todos os moçambicanos que aqui nasceram ou decidiram adquirir a nossa cidadania. E por esta razão, Moçambique, que já é forte, tem condições potenciais – humanas e naturais - para se tornar uma referência na arena internacional.

        E termino citando “ipsis verbis” ou “ipsis litteris” o meu amigo João de Sousa que lá das terras mwangolês do Presidente António Agostinho Neto me diz que:no momento em que nos preparamos para mais um ciclo governativo, nada melhor do que incutir em todos nós, como a crónica refere, o verdadeiro sentido de Pátria. Belo texto. JS

Texto: António Nametil Mogovolas de Muatua - Moçambique. Pesquisa e montagem de imagens: Oubí Inaê Kibuko - Brasil.